quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Extensa reportagem publicada em Fevereiro de 2012 no jornal de maior circulação de Israel, "Hayom".

Link da matéria original, edição digital (em hebraico). Para ver todas as páginas, clique no canto inferior esquerdo da página digital, o jornal é lido da direita para a esquerda:
http://digital-edition.israelhayom.co.il/Olive/ODE/Israel/Default.aspx?href=ITD%2F2012%2F02%2F10&pageno=68&view=document


Tradução:

“Indústria da calvície”:
Efeitos colaterais que você pode encontrar.

De: Michael Jacob Isaac, Israel Today
Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2012, 6:04




Quando confrontados com o ponto mais sensível do comercial de TV, homens de Israel com início de calvície não ficarão impassíveis: comprarão o remédio para prevenir a queda de cabelo. Os riscos e efeitos colaterais - eles descobrem por conta própria.

Estatísticas lhe dirão que Israel é uma superpotência em calvície. 30 por cento dos homens até os 30 anos já são calvos, outros 20 por cento se juntarão a eles até os 50 anos. Até os 70, bem, 70 por cento dos homens lendo este artigo não precisarão de pente.

Eu realmente não tinha os atributos suficientes para entrar no bar, na academia ou num evento familiar e aparentar tão bem quanto os que estavam presentes. O que eles fazem? A indústria da calvície já movimenta meio bilhão de shekels por ano - remédios, implantes de cabelo e perucas. Em todo o mundo, o investimento em drogas contra a calvície recebe mais dinheiro que projetos ligeiramente mais importantes como a malária, por exemplo. A razão é simples: A calvície retorna muito mais lucro para ser combatida.

O líder de mercado em Israel hoje em dia é o Propecia (Finasterida 1mg) - uma droga feita pela Merck, da gigante internacional Merck Sharp & Dohme. A propaganda do produto diz que mais e mais homens "não estão mais pessimistas" e "para saber mais, pergunte ao seu dermatologista". Garante também que o produto interrompe a queda de cabelo e, melhor, em alguns casos acontece crescimento de novos fios. Sobre o efeito nos cabelos da droga, ninguém questiona. De acordo com relatos, a queda de cabelos realmente para na maioria dos pacientes. O problema são os efeitos colaterais e sobre estes, naturalmente, a MSD prefere não fazer propaganda: a falta de desejo sexual, problemas de ereção, diminuição da quantidade e qualidade do sêmen, impotência, dor testicular e depressão a ponto de gerar pensamentos suicidas - esses são apenas alguns dos sintomas que são reportados pelos que tomam o Propecia. Recentemente, o nome da droga foi relacionado ao aparecimento de câncer de próstata. A falta de estudos que validem a suspeita também dificultam a comprovação de problemas na fertilidade. O fato de ser a única droga aprovada pela agência de administração de drogas e alimentos dos EUA (FDA) torna difícil que médicos questionem a segurança do Propecia (Finasterida) publicamente.